Como já disse um participante, uma midia de armazenamento é composta por "equações" binárias, ou seja, "0" e "1". Sendo mais chato, um número decimal: 64 convertido para números binários chegamos a 1000000 e não se lê um milhão e sim um zero (...) zero. Como fazer? Se você usar a velha forma de divisão, aquela do primário (fundamental I) e colocar:
64 |_2
0 32 |_2
0 16 |_2
0 8 |_2
0 4 |_2
0 2 |_2
0 1
Porque dividir por 2? Por que é "binário" (que tem DOIS elementos).
Aí basta pegar o último resultado e adicionar os restos da direita para a esquerda (1 0 0 0 0 0 0).
Pronto, apenas para ser chato.
Os dados no computador basicamente são binários, que também podem significar "on/off", "aberto/fechado", etc., como existem outros números, como os octais (de zero a 7), e os mais usados, os hexadecimais (composto por letras e números, zero a 9 mais A B C D E F).
Em nosso exemplo, 64 decimal é 1000000 binário, 100 octal e 40 hexadecimal. Este último é prático para a programação. Imagine você escrever um SSL de 128 bits (aquele cadeadozinho amarelo que aparece na barra do browser quando você está em um ambiente seguro) que tem apenas 71000 (setenta e uma mil) linhas. Seria um endereço de programação muito grande, então ele é reduzido assim:
Por exemplo: endereço de código 765998789987 (decimal) ficará B25915F563 mas, isso é outra explicação...
O CD/DVD/HDD começa a leitura sempre do centro para o exterior e a primeira trilha, a de entrada, é a trilha zero (de 0 e 1), tanto que existem virus especialistas em danificar a trilha zero do HD e detonar o disco rígido.
Se você ampliar ou ver um CD num microscópio, verá um monte de quadradinhos e retângulos uniformes ou não, os quais são a tradução física dos códigos binários inseridos neles.
Vejam a foto em http://images.google.com.br/imgres?imgurl=https://www.pin.unifi.it/materialeDidattico/ingegneria/cdl/inf/aa0102/SistemiAMicroprocessore/elaborati/Image3.jpg&imgrefurl=https://www.pin.unifi.it/materialeDidattico/ingegneria/cdl/inf/aa0102/SistemiAMicroprocessore/elaborati/Memorie%2520di%2520massav2.htm&h=511&w=871&sz=201&hl=pt-BR&start=32&tbnid=UD9FXjULNGwXJM:&tbnh=84&tbnw=144&prev=/images%3Fq%3Dcd%2Bmicrosc%25C3%25B3pio%26start%3D20%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26lr%3D%26rls%3DGGLJ,GGLJ:2006-29,GGLJ:pt-BR%26sa%3DN no Google.
Como evolução de midias, na época dos MSX da Gradiente com os potentes processadores Z80 (era o Pentium de ontem e ainda sobrevive em algumas aplicações técnicas), uma fita cassete (isso mesmo!) armazenava cerca de 240kb (maior um pouco que um virus atual), depois o discão de 5 1/4" armazenava cerca de 500kb e era um bolachão de próximos 10cm, o disquete de 3 1/2" atual, vai de 1,44Mb até 2,8Mb (alta densidade), os CDW/RW atuais vão até próximos 750Mb e os DVD W/RW vão de 4 a 9Gb, ou seja, a revolução da midia de armazenamento (storage) aumentou em muito e já existem as grandes storages de TERABITS (1024 giga) e PETABITS (1024 tera), veja no site Size calculator, abaixo.
Como se fabrica? Fui no site da Microservice, a maior fabricante, junto com a VAT - Videolar, e lá está melhor explicado. Veja:
- Pré-Masterização:
Esta é a primeira etapa do processo. Após o envio da mídia original contendo a obra, é possível mediante aprovação e solicitação do cliente fazer determinados tratamentos no conteúdo: eliminar ruídos, espaço entre faixas, equalizar os sons, entre outros efeitos na pré-masterização. É na fase da pré-masterização que são feitas.
- Injeção Plástica:
A matriz (Stamper) é colocada na máquina injetora plástica (exemplo: http://www.kraussmaffei.com.br/index_files/serieC.htm) onde o produto final desta fase será o disco transparente, já moldado em seu formato final, no entanto como ainda não foi aplicada a camada de alumínio (que proporciona a reflexão do laser e conseqüentemente a leitura da informação) ainda não será possível reproduzir o seu conteúdo.
No caso dos DVDs sãi injetados dois discos com a metade da espessura final, a serem colados.
- Metalização e Laqueação:
Após a injeção, o disco de policarbonato segue para a metalização onde receberá uma fina camada de alumínio (camada reflexiva) cujo objetivo é possibilitar a reflexão do laser e conseqüentemente a leitura do conteúdo do disco no Player (aparelho de reprodução). O alumínio servirá como um espelho para que o feixe de Laser possa fazer a leitura das informações contidas na mídia. O CD recebe ainda uma camada de verniz (laqueação) que tem a função de proteger a mídia.
No caso dos DVDs o material utilizado na metalização pode ser diferente (ouro, prata, etc.)
Sendo que não há laqueação, uma vez que as duas metades são coladas com a face metalizada para dentro.
- Impressão:
Nas etapas anteriores, o disco fica pronto para leitura, entretanto não possui identificação visual. A impressão do rótulo feita por processo de silk screen (serigrafia) que ocorre a partir do uso de telas contendo a imagem original a ser reproduzida. Estas telas recebem camadas de tinta nas cores básicas (magenta, amarelo, cyano, preto ou escala pantone) a fim de se obter as cores finais desejadas. A secagem é feita através de raios U.V.